03 março, 2021

Pranayama - 1ª Parte

O termo Sânscrito Pranayama resulta da junção de prana (energia vital, alento) e ayama (expansão, controle ou domínio).
Por outras palavras, é o processo pelo qual o prana (fluxo de energia), através da regulação da respiração, é controlado, intensificado e expandido no interior do corpo.
O Pranayama é uma ciência. É o quarto Anga ou ramo do Yoga.

Respirar
Respiramos de forma inconsciente, mas também o podemos fazer de modo consciente. Ao trazer consciência para o ato de respirar podemos dizer que o “controlamos”. 
Respirar é a manifestação externa do prana, a força da vida.

A respiração é a única atividade física involuntária e constante que pode ser convertida em voluntária e ser regulada conscientemente. Embora regulada automaticamente e controlada pelo sistema nervoso autónomo, é fácil torná-la consciente uma vez que se encontra na interface entre a mente consciente e subconsciente.
Levar o foco para a respiração de modo consciente abre caminho para a prática do Pranayama.



O Hatha Yoga desenvolveu a arte do pranayama como uma ciência, propondo práticas em função de necessidades que foram surgindo (gerar mais calor, arrefecer o corpo, despertar a energia Kundalini, remover excessos de muco, etc.).
Pensamentos, emoções, estilos de vida e alimentação inadequada assim como o stress, afetam negativamente o movimento do prana no corpo e geram desequilíbrios.

Uma respiração regular induz relaxamento e integração dos ritmos e processos do corpo para que estes funcionem juntos e em harmonia.
Uma respiração irregular pode levar a padrões de pensamentos recorrentes, ansiedade e agitação mental. Este desiquilíbrio afeta consequentemente o nosso estado emocional e físico.
Portanto, através das técnicas do pranayama, podemos conseguir com que a mente seja nossa aliada contribuindo para o equilíbrio integral do ser.